Provocadores, boateiros, Estado e governo
Leio no UOL que a Fifa está ameaçando cancelar a Copa
das Confederações. Motivo: arruaceiros a serviço não se sabe de quem ou do que,
coagiram membros da Federação em Salvador, ontem a noite, atirando bombas nos
hotéis onde estão hospedados e promovendo quebra-quebra. Futebol é o de menos.
O que pesa é o dano político de um cancelamento desses.
Mais uma vez o que assistimos ontem a tarde/noite foi a
ação dos provocadores e abutres, que estão presentes em todos os momentos das tragédias
políticas do Brasil. Um país que teve cabo Anselmo e outros traíras que
acabaram jogando o Brasil no fosso.
A tentativa de invasão do Itamaraty foi muitíssimo
grave. Como também foi o nítido desprezo da polícia em entrar naquele espelho
d´água e retirar os provocadores de lá. Deixaram rolar como se fossem cúmplices dos abutres.
Esses provocadores, arruaceiros, abutres e similares deveriam
ser presos e dizer para quem (ou o que) estão servindo. Mas, ao que me parece,
a polícia prende e solta como se já soubesse quem são os mentores intelectuais
dos bandidos, quem sabe parceiros de ideologia.
A polícia não gosta de democracia. No Facebook começo a
ler, preocupado, pessoas clamando pela volta da ditadura, como se sangue e lágrimas
fossem resolver a questão. Confundem Estado com governo. Nossa crise é de
governo e não de Estado e, por isso, sugiro a quem tem dúvidas sobre as
cruciais diferenças entre um e outro que recorra ao Google.
Estou preocupado com esse desprezo da polícia em apurar
quem está por trás dos arruaceiros. Estou preocupado porque nessas horas quem
acaba dançando é a democracia.
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