Lenda? O dia em que Tim Maia peitou Castor de Andrade, mas acabou enfiando o rabo entre as pernas
É fato ou boato? Lembro que essa história (ou estória?)
saiu publicada na revista “Status”, nos anos 80. Uma das netas do lendário bicheiro
e dono do Bangu Atlético Clube, Castor de Andrade, fez 15 anos e pediu de
presente ao avô um show de Tim Maia. Isso mesmo. A garota era louca pelo Tim e
vê-lo em sua festança de 15 anos seria a materialização de um sonho de anos,
anos, anos.
Castor mandou seus assessores procurarem o empresário
do Tim. Localizaram, se reuniram, Castor pagou metade do que foi combinado (a
outra metade ficou para o final do show) e ficou tudo certo. O avô, orgulhoso,
disse a neta que ela teria o desejado presente: Tim Maia cantando em seu 15º aniversário.
No dia da festa, Bangu acordou cedo. O bairro que se
orgulha do slogan “40 graus à sombra” estava no maior alvoroço. As 5 da tarde,
Castor despachou seus dois assessores, de terno completo preto, para fazerem
plantão na porta da casa de Tim Maia e, mais tarde, levá-lo de carro até o
local do show. Aí, há uma polêmica. Muitos dizem que o show foi no Cassino
Bangu (onde acontecia nos anos 80/90 o célebre concurso Miss Shortinho), mas há
quem diga que foi no Scalla.
Os dois assessores de Castor chegaram a casa de Tim
Maia e o “síndico”, com aquele jeitão dele, foi logo explicando: “Olha
rapaziada, não vai dar pra ir não. Meu cachorro está doente, ele não vive sem
mim”. E os assessores, “seu Tim, nós viemos aqui buscar o senhor por ordem do
Doutor Castor de Andrade”. E o Tim “para com isso, não existe hipótese de eu
cantar com meu cachorro assim, doente, deitado, não dá não”.
Depois de uns 40 minutos de conversa, um dos assessores
de Castor puxou uma pistola, encostou na cabeça do cachorro e deu um único
tiro. Olhou pro Tim e disse: “Cachorro está resolvido. Vista a roupa e vamos
pro show”. Tim, trêmulo, foi. E cantou, cantou, cantou como há muito tempo não
se ouvia. No final foi cumprimentado pelo Doutor Castor de Andrade em pessoa e,
só o Tim, chorou no ombro do “rei do bicho”.
Essa história (real?) está perdida no folclore da
moderna música brasileira, à disposição dos pesquisadores.
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