Levante contra a nova Reforma Ortográfica

                                  

O “à toa” é uma bizarra figura que, na falta do que fazer (daí a classificação de à toa), decide inventar maneiras de ganhar dinheiro no lombo de supostos otários. Pois, pois, como se diz na Terrinha, estamos sob ameaça de mais uma reforma ortográfica. Na verdade, a meu ver, uma manobra para que sejam gerados bilhões e bilhões de reais em novos livros, programas de computador, aulas particulares, enfim, as possibilidades de dar rasteiras são infinitas.

A desculpa é de que a nova reforma seria conseqüência de um acordo que unifica o idioma português em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Pois saibam minhas senhoras, senhores, moças, rapazes, crianças, iguanas, emas e similares: eu não vou seguir reforma ortográfica nenhuma. Ao contrário: tempos atrás andei organizando um levante no Facebook com outros colegas para entrar em confronto, partir pro pau, porque não somos cheque em branco para andar de mão em mão nesse cassino de espertos.

Tem trema? Não. Tem hífem? Não. No mais, sodam-se como diria Fócrates. Afinal de contas já pagamos uma invejável cordilheira de impostos, taxas, multas e aí vem o governo e decide jogar alpiste com super bonder em cima de nossa ortografia. Pior: já tem gente reclamando de meus e-mails que, diante das novas e bilionárias regras, estão incorretos em relação a outra bilionária reforma, a de 2009. E vão continuar assim.

Esta COLUNA DO LAM, por exemplo, ignora (in)solenemente essa ratazana. Aqui é um péssimo lugar para os que buscam se atualizar ortograficamente falando. Sugiro que entrem em outros sites, mais arregados (perdoem o peso da palavra), mais submissos ou interessados na partilha dos ben$.

Não sei e, sinceramente, nem procurei saber quantas reformas já foram feitas no nosso Português, que, alias, já deveria se chamar Brasileiro há muito tempo. Mas isso é outro assunto. No mais, esse negócio de Brasil andar de mãos dadas Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste é outra grande cascata que parece papo de caloteiro. Por acaso lemos o que Moçambique produz? Ligamos o rádio e ouvimos músicas de Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau? Ora, o que existe entre nós é um abismo cultural de séculos e mais séculos. Caro leitor, quantas vezes você já trocou e-mails, cartas, bilhetes ou até um mero afago com um moçambicano? E com um cidadão de Cabo Verde?

Em suma, é reforma ortográfica? Estou fora. Já avisei onde escrevo que tudo será como antes. Não vou gastar um centavo com fascículos, enciclopédias, livrinhos, DVDs e toda a indústria da manobra ortográfica que vejo na banca. Por que? Porque cansei de ser otário.




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