Sonhando com “Starship Trooper”, do Yes, tocando numa praça em Teresópolis
Sonhei que era 1973 e eu ouvia/via, na primeira fila, o
Yes tocando a magistral “Starship Trooper”, no alto da nossa pedra de fé
fincava na praça Ginda Bloch, Teresópolis, caminho para a Cascata dos Amores.
Acordei cedo com a música na cabeça e enquanto tomava café lembrei de alguns
momentos do Yes na minha vida e da minha vida no Yes.
Em janeiro de 1985, Rock in Rio I, convidado por André
Midani, fui almoçar com o grupo no hotel Marina, em Ipanema. Não só o Yes, mas
boa parte dos artistas da Warner (gravadora que o André presidiu) que
participou do festival.
Fiz questão de cumprimentar Chris Squire, meu
baixista-herói, tão importante como músico como Paul McCartney e John
Entwistle. Afinal, como Macca e Entwistle, Squire tirou o contrabaixo da
cozinha e colocou no salão principal da Música, transformando numa espécie de
segunda guitarra.
Por falar em segunda guitarra, balbuciei algumas palavras
com o sul africano Trevor Rabin, na época sucessor de Steve Howe nas guitarras.
Impressionante a levada desse cara, especialmente na segunda parte de “Starship
Trooper”, aquele instrumental hipnótico. Vão perguntar “é melhor do que o Howe?”
e a resposta me parece muito simples: nada a ver. O estilo de um está longe do
estilo do outro, mas apesar da levada final da guitarra em Starship ter sido
composta por Howe, para o meu gosto prefiro a versão rascante e demolidora de
Rabin.
Alguns dias não saem da nossa lembrança. O Yes Album
(disco de 1971) rodando no toca discos da pracinha de Teresópolis, onde meu
irmão Fernando César e nossos amigos sorvíamos os delírios da adolescência,
mais esse encontro com o Yes em 1985, cara a cara, com certeza nunca mais
esquecerei. A ponto de sonhar com eles hoje, sem qualquer motivo aparente.
Melhor ouvir de novo.
Faz bem.
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