O prazer imensurável de fazer rádio, mexer com emoções, linha do tempo, saudade, futuro
Acabei
de fechar o programa Expresso da Madrugada número 90. Para quem não
sabe, há quase três meses mantenho o Expresso circulando na Rádio
Cult Rock & Blues, que mora em www.radiocultfm.com,
de meia noite as seis da manhã. Todos os dias, de domingo a domingo.
Tenho um outro programa, mais jornalístico, o Cafofo do LAM que vai
ao ar aos domingos 11 da noite.
Trabalhar
em mídia eletrônica é visceral, emocional, dilacera, faz gozar,
gera insônia, paz profunda, enfim é uma pauleira diária sem
rotina, sem agenda, caminho aberto, livre, chuva na cara. No caso do
Expresso da Madrugada é um desafio muito estimulante porque me faz
sentir mais, pensar mais, diante de tantas possibilidades. Eu diria
infinitas possibilidades.
Afinal,
para montar esses 90 programas programei 540 horas. Faço uma
verdadeira expedição enfiado numa selva de milhares de discos, de
várias tendências, consultando o faro, o olhar, o conceito, a
ousadia. Por volta de três, quatro horas da manhã, ouso mais,
injeto muita música experimental e os ouvintes estão gostando.
Rádio na internet tem disso, são três da manhã aqui, mas na
Austrália são três da tarde, no Japão também e na Califórnia 11
da noite. Ou seja, temos que fazer a programação com a cabeça no
planeta e não na cidade.
Fora
isso, a música mexe absurdamente coma minha linha do tempo. Alguns
clássicos do rock me trazem nó na garganta, vontade de chorar
lembrando de momentos maravilhosos tragados pela implacável
ampulheta enquanto outros me geram sentimentos não tão agradáveis.
Convido
vocês para ouvirem meus programas, que faço com extrema dedicação
e prazer. Se der, deixem uma opinião lá no site da Rádio Cult (no
campo Contato) e tudo bem.
Espero
vocês.
P.S.
- A partir desta semana todas a edições do Expresso da Madrugada
começam com o Módulo Blues. Ou seja, um blueszaço logo a meia
noite.
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