Livros da semana - 8

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Asas da Loucura


416 páginas

O premiado jornalista americano Paul Hoffman narra a verdadeira e extraordinária história da vida de Alberto Santos-Dumont e dos primórdios da aviação. Fruto de minuciosa e abrangente pesquisa, Asas da Loucura explora, sem mitificação, os aspectos pessoais da vida do aviador e os detalhes de sua personalidade controversa. Retrato sincero de um homem que contribuiu de forma única para a conquista dos céus pelo homem. 

A infância em Minas Gerais, cercado pelas obras de Júlio Verne e pelas narrativas históricas dos primeiros voos em balões. A chegada em Paris e as experiências inéditas com o balonismo e os dirigíveis. A inventividade e a ousadia nos costumes que fizeram do reservado brasileiro celebridade na capital francesa. A ousada circunavegação da Torre Eiffel, em 1901, diante de uma plateia boquiaberta. A tão sonhada fama e o carisma que o tornaram, durante um determinado período, o homem mais célebre do mundo. Os distúrbios psicológicos e a morte precoce cujas circunstâncias são, pela primeira vez, reveladas integralmente. Todos esses elementos participam da construção de uma personalidade contraditória e singular. 

Desde pequeno, na imensa e remota fazenda de café do pai em Minas Gerais, Santos Dumont já demonstrava grande fascínio pelo funcionamento das imponentes máquinas moedoras de café e por motores de toda espécie. Tinha duas obsessões em mente: a primeira era voar; a segunda, alcançar a fama. 

Na virada do século, se muda para Paris. Em pouco tempo, o extravagante e impecavelmente bem-vestido aviador já passeia pelos bares e restaurantes da cidade. Depois de vencer a competição internacional de construção do primeiro avião de verdade, é consagrado pela imprensa como o conquistador dos ares - na época, a notícia dos primeiros voos dos irmãos Wright, grandes rivais do brasileiro ao título de pais da aviação, ainda não chegara à Europa. 

Os anos de glória, porém, seriam breves. Humanitário pacifista, Santos Dumont testemunhou com grande desgosto a capacidade de destruição dos aviões durante a Primeira Guerra Mundial. A consagração dos irmãos Wright foi outro motivo de contrariedade. Cada vez mais recluso, o brasileiro seria diagnosticado com esclerose múltipla com apenas 36 anos. O homem que conheceu cedo a glória terminaria seus dias mergulhado na loucura e no desespero. A história de um homem atormentado, que contribuiu de forma decisiva para a modernidade e simbolizou o espírito torturado do século XX.
                                                    

Histórias Secretas

Os Bastidores dos 40 Anos de Playboy no Brasil



256 páginas


A revista Playboy foi um marco. Tinha uma equipe de profissionais de alto nível, tornando-se referência pelas entrevistas diferenciadas e ousadas com celebridades e políticos, pelo projeto gráfico-visual inovador e pelas grandes mulheres que se despiam para seus leitores.

Este livro reúne as memórias de 15 profissionais que atuaram em Playboy de 1975 a 2015, entre eles jornalistas, fotógrafos e ex-diretores. Cada capítulo revela uma face da publicação, desde as ideias iniciais de concepção da revista, passando pelas negociações com as garotas de capa e as aventuras para garantir as entrevistas exclusivas, além das mudanças que a edição brasileira, a de maior sucesso entre todas as edições de Playboy.
                                                       


Led Zeppelin

Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra


554 páginas

Após 40 anos de sua formação, em um porão da Chinatown de Londres, surge a primeira biografia realmente definitiva de um dos grupos de rock mais famosos e importantes do mundo, o Led Zeppelin.
Eles foram o último grande grupo da década de 1960; o primeiro da década de 1970. Surgiram das cinzas dos Yardbirds para se tornar um dos grupos de rock de maior vendagem de todos os tempos.

Mick Wall, respeitado jornalista musical, conta a história do conjunto que escreveu o manual do excesso na estrada - e acabou pagando por ele o preço do desastre, da dependência de drogas e da morte. "Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra" revela pela primeira vez a verdadeira extensão do interesse do líder da banda, Jimmy Page, pelo oculto, e vai até os bastidores para mostrar a verdade por trás da fama. Wall também conta, numa série de flashbacks imaginários, histórias da vida dos cinco integrantes que transformaram o sonho do Led Zeppelin em uma realidade ainda mais incrível.

Um livro que, acima de tudo, percorre a fascinante história do Led Zeppelin a partir da íntima convivência com o grupo. É o resultado de anos de pesquisa e se baseia não apenas em entrevistas individuais com todos os membros da banda - além de outras feitas por pessoas que os conheciam e trabalhavam com eles -, mas também na visão que só pode ser adquirida por alguém que passou três décadas no meio musical ao lado dos maiores artistas. É o registro perfeito e definitivo de um dos maiores grupos de rock and roll que o planeta já viu.                                                    


Viagem Ao Redor Da Garrafa

Um Ensaio Sobre Escritores E A Bebida

Olivia Laing
324 páginas
Misto de reportagem, crônica, biografia e crítica literária, Viagem ao redor da garrafa: Um ensaio sobre escritores e a bebida destrincha a relação – física, química, psicológica e social – entre a humanidade e o álcool por meio das conturbadas trajetórias de gênios das letras norte-americanas: F. Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway, Tennessee Williams, John Berryman, John Cheever e Raymond Carver. A britânica Olivia Laing se lança em uma jornada pelos Estados Unidos e por suas próprias memórias familiares para buscar uma conexão entre alcoolismo, comportamento autodestrutivo e criatividade.

O título une-se aos recém-lançados A Comuna de Paris e Cubiculados no Anfiteatro, o selo de debates e ideias da Rocco. Nascida em um lar governado pela bebida, Laing quer entender as causas e os efeitos do alcoolismo – ou, mais especificamente, por que os escritores bebem e que consequências esse hábito tem sobre o corpo da literatura. E as experiências desses seis autores parecem se complementar e se refletir umas às outras, interlaçadas por mães autoritárias e pais fracos, inadequação, conflitos de sexualidade, tendências suicidas e mortes prematuras.

Ainda assim, não obstante a tragédia que parece dar o tom a suas vidas, eles foram responsáveis por alguns dos mais belos textos de todos os tempos. “Muitos são os livros e artigos que se regozijam ao descrever quão grotesco e vergonhoso pode ser o comportamento dos escritores alcoólatras. Não foi essa a minha intenção. Meu objetivo era descobrir como cada um desses homens – e, no caminho, alguns dos muitos outros que sofreram da doença – vivenciou seu vício e refletiu sobre ele. Quando muito, trata-se de minha fé na literatura e em sua capacidade de mapear as regiões mais difíceis da experiência e do comportamento humano”, afirma a autora.

A única maneira de tentar compreender os alcoólatras seria, então, pela investigação do que foi registrado em seus livros, cartas e diários. Acompanhada das grandes obras de cada um deles, Laing inicia sua viagem no lugar que Cheever escolheu para viver, escrever e beber – a mesma Manhattan que viu Williams morrer sufocado com a tampa de um frasco de colírio. Faz uma parada em Baltimore, onde Fitzgerald lutou contra a insônia enquanto tentava pôr um ponto final em Suave é a noite, e parte rumo ao sul, passando por Nova Orleans e pela Key West de Hemingway. Via St. Paul, cenário da malograda recuperação de Barryman, segue então para noroeste, chegando aos rios de Port Angeles, cidade em que Carver passou seus últimos anos.

Em paralelo, ao detalhar a maneira pela qual o álcool age no cérebro, Viagem ao redor da garrafa traça um “mapa topográfico do vício” e delineia desde os prazeres da embriaguez até as duras realidades do processo de reabilitação. Mas, como toda boa literatura, não oferece respostas precisas: sua narrativa lírica, desmistificadora e repleta de nuances é, acima de tudo, uma ode à arte da escrita.
                                                        


Me segura que eu vou dar um troço

Wally Salomão

104 páginas

Escrito durante a Ditadura Militar, quando Waly Salomão esteve preso no Carandiru por portar, nas palavras do próprio poeta, “uma bagana de fumo”, o livro surpreende pela dicção fluida e livre, que em nada remete à prisão.

Entre a prosa, a poesia e o ensaio, trata-se de uma obra visceral e revolucionária, determinante para o movimento de contracultura que floresceu no Brasil dos anos 1970. Este clássico volta agora em sua forma avulsa, capaz de nocautear o leitor por sua densidade, violência e radicalidade.

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