Reflexos de uma nação desonrada
Há
tempos, a amiga Aida Beranger compartilhou este banner no Facebook.
Noto noto que as cores vivas estão sumindo da paisagem urbana. Nas
ruas, a maioria dos carros nas cores prata e branco, raramente um
vermelho (lembram do Mustang cor de sangue?), um amarelo manga. As
roupas também estão em tons formais e fora os maravilhosos
shortinhos jeans esfarrapados, noto que as mulheres estão contidas,
travadas, usando longas saias largas, vestidões que lembram batas
das virgens da Indonésia Oriental.
Claro
que só um boçal não percebe que o Brasil está de luto diante
desse caos todo que a patifaria fez e faz com a sua honra. Uma nação
desonrada não vai as ruas dirigindo carros multicoloridos, vestindo
biquinis de lacinho vermelho com shorts amarelos, motocicletas em
tons tropicalistas. Esse ar cinzento parece espelhar o inconsciente
coletivo do Brasil.
Ou
não?
Não
sou exemplo de nada, absolutamente nada, mas gosto de carros de cores
vivas. Amarelo, vermelho. Mas ultimamente, só cores formais porque
todo mundo diz que “amarelo é muito over”. Traduzindo “amarelo
é muito alegre para perambular por esse cenário que está ai”.
Além
da desonra, vivemos o auge da ditadura do politicamente correto que é
cinzenta da cabeça aos pés. Seu lema de ordem é “proibido
permitir” e isso vale para batons “ousados”, fio dental tipo
cipozinho baiano, abajur lilás, vadiagem da boa, chamar de “minha
nega” ou “meu nego”, tapinhas etc.
Tudo
proibido, como no Afeganistão sob domínio do Talibã. Passando uma
leve sensação de que o Brasil onde havia araras, berimbal, praia,
bundas e alegria hoje lembra a Alemanha Oriental dos anos 30,
comandada por Adolf Hitler que decretou o fim da felicidade coletiva.
Faz
sentido? Esses carros de hoje comparados com os dos anos 80 (foto)
tem a ver com isso tudo ou é delírio meu?