Novo livro do Lobão - Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 Pelo Rock


Noites de autógrafos no Rio: dia 18 de julho, 19 horas na Livraria da Travessa do Shopping Leblon. Em São Paulo: 13/7: São Paulo-Unibes Cultural

Lobão solta o verbo e conta tudo o que você sempre quis saber sobre o rock brasileiro dos anos 80

Com muito humor e, como não poderia ser diferente, sem papas na língua, Lobão revive as amizades, as parcerias, as primeiras derrotas, as decepções, as drogas, a baixa autoestima, as gravações ruins e, ao mesmo tempo, as grandes canções que marcaram a história do rock nacional e da década de 1980 neste Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock. Ele se confronta com as contradições daqueles anos, sua atmosfera política e o desinteresse da nova geração de músicos que surgia pelo que chama de “desgastada e empolada linguagem da ingênua, presunçosa e reacionária MPB”.

Os anos 1980 ficaram conhecidos como a década perdida. Mas, apesar dos penteados esquisitos, das ombreiras, do Xou da Xuxa, e da hiperinflação, também foram anos de muito rock and roll. Pelo olhar de alguém que abraçou a vida bandida daquela época, o Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock apresenta um retrato irreverente, sincero e pessoal do Brasil a partir dos bastidores de uma de suas principais expressões culturais. Tomando o devido distanciamento temporal dos acontecimentos, Lobão (ao mesmo tempo um dos sócios-fundadores daquele rock e um de seus maiores críticos) não poupa palavras para, de uma vez por todas, contar todas as verdades sobre os anos 80 – de sua alegria inicial e real esperança à decadência.

Por que o melhor dessa década se esvaneceu? Por que será que não deixou nenhum legado? Foram as mortes de artistas fundamentais um fator decisivo? Certamente isso contribuiu de forma dramática para a derrocada... Mas será que foi só isso? É o que veremos”, escreve o autor.

Este é um verdadeiro representante da família Politicamente Incorreta. Um guia repleto de farpas, ironia, e polêmica, como se espera de um livro desta coleção, e também, de uma obra escrita por Lobão. 

Trechos:

"O brasileiro vive a confeccionar alegorias profiláticas no intuito de evitar qualquer descoberta mais adulta e honesta de si mesmo. O Brasil pode entrar em crise, mas a imagem que o brasileiro faz de si próprio, jamais."

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"A filosofia dos executivos de gravadoras era sempre gastar muita grana quando o assunto era ganhar muita grana, mas sempre na direção do tosco e do pasteurizado. Esse fator dificultaria muito o rock em desenvolver seu som."

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"A partir de Cinema mudo, primeiro LP dos Paralamas do Sucesso, o rock brasileiro perderá por completo a sua inocência: da loucura delirante e caótica de uma Gang 90 para o burocrático e tacanho sistema de cópias e lobbies."

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"Os Titãs adquiriram com Cabeça Dinossauro todos os atributos de uma banda original. Ando meio de mal com eles desde que nos distanciamos, nos idos de 1986, mas é um disco soberbo, letras espetaculares, interpretações bíblicas. Um disco foda."

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"Com a aproximação de RPM, Ritchie, Titãs e Paralamas com a Tropicália, mais a banalização absoluta que sofre o gênero com a interferência das gravadoras, teremos o rock brasileiro ferido de morte."

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"Dois irá sedimentar a posição de Renato Russo como o arauto de uma geração. Sua capacidade de hipnotizar multidões de fãs e de escrever canções com temas tão diversos e complicados desafiam todos os tabus e dogmas do mercado."

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"O fim da década introduz um personagem que funcionará como o arauto da obliteração absoluta da geração: Marisa Monte, uma cantora de técnica impecável e expressão nula, surge na ribalta com o papel de resgatar a MPB e a Tropicália da morte certa."

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